דע לפני מי אתה עומד - (Da'a lipheney miy 'atah 'omed) Saiba diante de quem tu estás.

VERDADE BÍBLICA

Yeshua disse: Não penseis que vim destruir a Torah (Lei) ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para cumprí-los. (Mt 5.17)

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terça-feira, 23 de março de 2010

Adrasteu I

Personagens.
Poder
Júpiter
Mercúrio
Coro
Destino
Mulher
Guerra, Morte e Violência (sem fala;acompamham o Poder em todas as cenas)
No Monte Olimpo
Poder: Por que estás assim? Acaso não dominas sobre o Olimpo? Faço estas perguntas porque vejo em teu rosto o temor.
Júpiter: Vês, a grande vitória que tive sobre meu pai! De como tomei o seu lugar, mas...
Poder: Mas, o que? Ó grande Júpiter!
Júpiter: As predições daquele sentenciado perturbam-me. Será o meu destino semelhante ao do meu pai? Mandei meu emissário ao sentenciado, e ele não lhe deu a resposta que eu queria.
Poder: Então, por isso te fadigas?
Júpiter: Sim, e vejo a realidade que somos semelhantes aos humanos, nas paixões e incertezas do destino. E, às vezes em minhas inseguranças quanto ao que diz Prometeu acerca de mim e do meu futuro, se não somos criações de seres finitos que tanto desprezo.
Entra Mercúrio
Júpiter: Que fazes aqui? Será que trouxeste outra resposta de Prometeu? Ou vieste somente para ver a obra que a mensagem anterior fez em meu ser?
Mercúrio: Ó grande Júpiter, não te ires contra o portador da mensagem, pois ela não é de sua autoria, mas somente uma carga pesadíssima imposta a mim. E acaso o Olimpo esta cerrados aos outros iguais a ti?
Aparece o Coro
Vede o desespero daquele que pensava ter para sempre o império. Olhai o horror em suas palavras de incerteza do futuro, ou melhor, ante o inevitável futuro, pois será desarraigado do poder e outro tomará o seu lugar. Também, prestai atenção na arrogância de Mercúrio ao responder ao seu pai, porque impensável seria isso se Júpiter não estivesse tão conturbado.
Mercúrio: Tomamos teu partido quando lutavas pelo Olimpo e lutamos a tua pugna , ó Júpiter, e nem assim reconheces quem é o que te serve e é teu amigo? Ou será que o Poder, sim, o Poder engendrou em tua mente que todos são teus inimigos e potenciais almejantes ao trono que conquistaste? Vê, então, o quanto este é perigoso! Olha para ele veja o quanto te envenena a alma!
Poder: Tu estás enganado filho de Júpiter. Eu sou companheiro de teu pai e de todos os que me detem. Não os forço a nada, porém o sucesso ou ruína de quem me detem é proveniente unicamente dos atos praticados por estes. Acrescento ainda que isso, sucesso ou ruína, pode suceder a quem tem ou a quem não tem poder. Vê, então, que Eu não tomo parte nas empreitadas dos imortais e dos mortais, tão-somente sou alguém que é desejado e por mim fazem loucuras, até trair o seu próprio sangue. Acaso, não conheces a História?
Mercúrio: Bem sei que és a cobiça de todos! E que também torces a cabeça...
Poder: Não me ponhas como o culpado de tudo porque de nada o sou. Tua mente está enevoada pelo previsão da perda do império por Júpiter e por temeres isso, pois fatalmente se chegará a ti destino semelhante. Porque onde está agora Saturno, talvez, estejais vós em um outro tempo.
Júpiter: Calai-vos e deixai-me em paz!
Coro
Como pode ter paz quem não vê saída para o seu infurtunio? Pois aquele que poderia fazer cessar tamanha opressão cala-se. Ó Prometeu, abra a tua a boca e reveles ao pobre Júpiter o que ele tanto deseja saber. Mas bem sabemos que não o farás porque de teu silêncio sairá a tua liberdade e do que escondes a desgraça do então soberano. Verás, desse modo, o império daquele a quem apoiaste na rebelião contra Saturno e que te puniu por entregar aos humanos o fogo, atributo sagrado, ruir como acontece com todos os impérios. Teu justo ódio ao atual déspota do Olimpo será saciado. Por enquanto calemos, ele ainda governa.
Júpiter: Já disse calai-vos! (Coro e Mercúrio se retiram em silêncio) Quero ficar só e lamentar a minha impotência ante o inevitável destino. De que vale a onisciência e a onipotência se estou nas mãos do Destino? E tu, Ó Poder, que valia me tens quando chegar o meu fim? Acaso ficarás do meu lado ou se bandeará para o outro? Bem sei que tu és volúvel.
Poder: Assim como Mercúrio, permita-me dizer, tu também fazes mal juízo de mim. Pode uma donzela não se entregar a quem a conquistou? Tu me amaste, cobiçaste e lutaste por mim; seu pai, Saturno, foi destronado e pertenço agora a ti, se outro fizer o mesmo contigo, a donzela se entregará a ele, nada mais justo. Vê que não sou volúvel, sou conquistado!
Júpiter: És volúvel! Que amigo não permanece até o fim?
Poder: Jamais disse que sou teu amigo, porém permaneço contigo até o fim. Depois...
Entra o Destino
Júpiter: que é isto que ouço? Um alarido, um barulho ensurdecdor. Quem és ou o que és tu?
Destino: Sou aquele que tu temes, mas que foi criação tua. Vim a ti para cumprir o que está determinado pelos teus atos. Não temas o que construíste. Tema, si, as suas consequências! Porque outro semelhante a ti e saído das tuas entranhas há de abater o teu poder e lançar mão do trono que usurpaste de teu pai. Olha e vê que o Poder já pende para outro lado.
Júpiter: Talvez, seja melhor assim. E quem sabe, o Tártaro seja melhor do que a angústia eterna a que estou submetido desde que Prometeu abriu a sua boca e sentenciou-me à perda de meu império! Adrasteu! Adrasteu, quem sabe aí não esteja a tua liberdade, pois o Poder aprisiona e livre serei dele quando o que vê for libertado. Porém, o Tártaro infunde-me terror!

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