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domingo, 14 de novembro de 2010

Satanizar ou angelicalizar. Eis a questão




 Este texto é somente uma prévia.
Quando se fala em Constantino, o imperador romano do IV século, no meio religioso, isto é, mais precisamente no meio evangélico, temos a impressão que este é, de acordo com o intendimento  de quem o" interpreta", satanizado ou angelicalizado, não há meio termo.  Julgam-no e sua conduta de acordo com a visão teológica que possuem  e tentam  moldá-la  à imagem e semelhança do que aceitam como válido em matéria de fé ou rejeitam como elemento que induz à  heresia, tal acontece porque há o fantasma das doutrinas católica diante dos olhos. Partindo disso, não há meio termo, Constantino é "amadao" ou "odiado"! Isso seria justo?
Pontuando a caminhada desse homem, podemos ver sua ascensão ao domínio, como único senhor do Império Romano, da vida de Roma e por conseguinte dos habitantes de todos os recantos que faziam parte do Império. Constantino não surgiu do nada na História romana.  No III século da Era Comum, Diocleciano assume o poder em Roma. Porém, sabendo que não poderia ser o único senhor do Império convoca um companheiro de armas para ser seu auxiliar. Este, num primeiro monmento, recebe o título de César e posteriormente, o de Augusto. Assim , Roma passava a possuir dois imperdores, um a Oriente, Diocleciano e outro no Ocidente, Maximiniano. Embora tenha ocorrido uma partição de poder, não houve territorial e Diocleciano sempre manteve uma preeminência sobre o outro Augusto, como também sobre os dois Césares que foram chamados à existência para auxiliá-los na condução dos negócios do Estrado. Lembremos que Roma com  seu domínio cúpido, violento e riqueza não poderia ficar isenta de rebeliões internas e ataques externos, por isso Diocleciano instituiu o co-imperador, Maximiniano, além dos dois Césares. Mas até então, nada poderia levar a supor que mais tarde o filho de Constancio Cloro iria chegar ao mais alto posto de Roma. o fato, talvez não determinante, mas com certeza desencadeador foi o acordo que Diocleciano e Maximiniano (editar) fizeram de renunciar no mesmo dia quando o primeiro julgasse ter concluído seu trabalho com Estado romano e a prerrogativa que este não abriu mão em eleger o novo imperador.

Roma havia passado por um estágio no qual mandatários eram feitos por um exército e este mesmo exército o matava. Desde a  muito, os generais se utilizavam dos exércitos do para dar vazão ao seu apetite pelo poder. Assim, para subir ao mais alto posto do Império bastava bater um ou outros exércitos, não estrangeiros, mas um que usavam as mesmas insígnias e votavam - nem sempre -  lealdade ao governante de plantão. a partir da morte Marco Aurélio e a ascensão de seu filho Cômodo ao poder Roma conheceu este período de turbulência. A incumbência de Diocleciano era dar estabilidade ao Império romano e por um breve momento conseguiu. Entretanto, a instituição da diarquia, centrada na figura dos dois governantes, e mais tarde da tetrarquia, com a partição do poder entre os dois Augustos e seus auxiliares, os Césares, trouxe para a ordem do dia a disputa pelo trono. Esta disputa ocorreu porque ao renunciarem os dois Augustos, coube a Diocleciano escolher quem iria lhe suceder e a este, os seu co-imperador e a estes, os seus Césares, afastando desse modo do poder aqueles que antes participavam dele. Esta era a lógica do sistema de tetrarquia. Mas, quem ficaria feliz em ser despojado do poder. Bem, os príncipes que sofreram esse revés não ficaram, e então irrompeu a disputa pelo trono.


Imperadores
Diocleciano   Maximiniano
Césares
Galério    Constâncio Cloro

Consta na História que os dois Césares foram alçados a Augustos, em 305, porém, a exemplo de Diocleciano, o novo imperador Galério escolhera dois novos adjuntos, Severo e Maximiano Daia, com isso eram afastados do poder os filhos de Maximiniano, Maxicêncio e de Constâncio Cloro, Constantino, os quais seriam herdeiros naturais se a tetrarquia obsrvasse a sucessão pela via sanguínea, mesmo que fictícia, porque por adoção os dois adjuntos do imperadores foram feitos filhos destes. Porém, não era esta a lógica da tetrarquia. Afastados do poder, Constantino e Maxicêncio se rebelam e começam a lutar pelo manto púrpura.



Imperadores
     Galério   Constâncio Cloro ( Severo II )
Césares
      Severo   Maximiano Daia

Em princípio, tentou-se manter o sistema de Diocleciano, a terarquia, mas não havia como. O ponto mais importante dessa luta pelo poder é a suposta visão que Constantino alega ter tido quando da batalha contra as tropas de Maxicêncio na Pont Milvius em 312. É a partir desse momento que Constantino, o grande, entra na História de uma certa seita judaica, que mais tarde será conhecida como cristianismo. Para uns Constantino  é apenas um político arguto, enquanto para outros, um fiel crente em Cristo. Desde que suas tropas usaram o sinal, com o qual venceriam as batalhas, o poder veio a ser seu no Ocidente e tempo depois em todo o Império com a supressão, eufemismo para retirada do poder e morte, de  seu cunhado Licínio, então imperador do Oriente. Mas, o que chama também atenção é a suposta oficialização do cristianismo como religião de Estado feita pelo novo senhor de toda a Roma. Bem, Constantino jamais promoveu tal coisa. Ei o que diz o famoso e erroneamente citado Édito de Milão atribuído somente a ele, esquecendo que em pé de igualdade, Licínio também concedia liberdade de culto aos súditos de Roma. porém, estes foram precedidos por Galério em 311, o qual com seu Édito de Tolerância punha fim a perseguição e Diocleciano.





Édito de Milão, março de 313.[1]

"Nós, Constantino e Licínio, Imperadores, encontrando-nos em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança do império, decidimos que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deve ser a nossa primeira e principal preocupação. Pareceu-nos justo que todos, os cristãos inclusive, gozem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência. Assim Deus que mora no céu ser-nos-á propício a nós e a todos nossos súditos. Decretamos, portanto, que não, obstante a existência de anteriores instruções relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam autorizados a abraçá-las sem estorvo ou empecilho, e que ninguém absolutamente os impeça ou moleste... . Observai outrossim, que também todos os demais terão garantia a livre e irrestrita prática de suas respectivas religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua consciência e eleição; não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e seus adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas estabelecidas já sobre os lugares de seus cultos, é-nos grato ordenar, pela presente, que todos que compraram esses locais os restituam aos cristãos sem qualquer pretensão a pagamento... [as igrejas recebidas como donativo e os demais que antigamente pertenciam aos cristãos deviam ser devolvidos. Os proprietários, porém, podiam requerer compensação.]

Use-se da máxima diligência no cumprimento das ordenanças a favor dos cristãos e obedeça-se a esta lei com presteza, para se possibilitar a realização de nosso propósito de instaurar a tranquilidade pública. Assim continue o favor divino, já experimentado em empreendimentos momentosíssimos, outorgando-nos o sucesso, garantia do bem comum."

 Lactâncio, De mort. persec. XLVIII

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