Júpiter: Por que este é o teu nome e que nenhum mortal, além de ti, se atreveria a se achegar a mim com tanto ímpeto. Vejo que já chegaste a um estágio que não temes mais a mim nem a Juno. Ou será que ainda a temes? Queres que a chame à minha presença...
Mulher: Vejo que como todo tirano te comprazes em infundir o terror. Como disse, não aprendeste nada.
Júpiter: Isso é para os mortais.
Mulher: Miserável Júpiter. Não és de modo algum digno dos homens!
Júpiter: E eles o são de mim?
Mulher: Não. Por que tu não és deles! Em ti está a causa, não neles. Olha e veja, como a tua interferência em suas vidas só lhes trouxe desditas. Tome o meu caso como exemplo. Tua paixão por mim levou-me ao desterro, vagar por terras estrangeiras sem descanso, além da perseguição que sofri por tua esposa, Juno, que enciumada não permitiu um momento de descanso desde que te aproximaste de mim.
Júpiter: Tu foste minha paixão, minha amante e mulher; tivemos filhos e agora te queixa do que escolheste?
Mulher: Que escolha eu fiz? Se não a tua!
Mulher: Vejo que como todo tirano te comprazes em infundir o terror. Como disse, não aprendeste nada.
Júpiter: Isso é para os mortais.
Mulher: Miserável Júpiter. Não és de modo algum digno dos homens!
Júpiter: E eles o são de mim?
Mulher: Não. Por que tu não és deles! Em ti está a causa, não neles. Olha e veja, como a tua interferência em suas vidas só lhes trouxe desditas. Tome o meu caso como exemplo. Tua paixão por mim levou-me ao desterro, vagar por terras estrangeiras sem descanso, além da perseguição que sofri por tua esposa, Juno, que enciumada não permitiu um momento de descanso desde que te aproximaste de mim.
Júpiter: Tu foste minha paixão, minha amante e mulher; tivemos filhos e agora te queixa do que escolheste?
Mulher: Que escolha eu fiz? Se não a tua!
Júpiter: Acaso, vós mortais sois livres? Não andais vós debaixo do jugo das potestas? Tu somente seguiste o que está estabelecido desde o início.
Mulher: Desse modo, tu dizes que somos apenas instrumentos sem vontade nas mãos das potestades? Então, ignoras que o teu futuro se entrelaça com o nosso? Ou prefere desconsiderar que um homem haverá de te derrotar?
Júpiter: Prefiro destruir a todos antes que isso ocorra.
Mulher: Tu não podes, ó Júpiter, por que teu futuro está traçado, pelos teus atos.
Entram o Poder e o Destino
Júpiter: vejo que vós agora sois companheiros.
Poder: Talvez. E acrescento que boas relações equivalem a bons negócios!
Júpiter: O que seriam os bons negócios para ti, ó Poder?
Poder: Aqueles que me comprazem, ó excelentíssimo Júpiter.
Júpiter: E para ti Destino?
Destino: É o mesmo que todos buscam, satisfazer suas necessidades. E tu, ó Júpiter, como definirias bons negócios?
Júpiter: A destruição dos meus inimigos.
Mulher: Destruição e inimigos andam sempre de mãos dadas. Tu produziste os dois.
Júpiter: Silenciar-me-ei antes tal sentença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário