Hoje pretendo escrever sobre o apóstolo Paulo, Shaul há Shaliach, dos escritores da Bíblia, ele é tido como um dos mais controversos. Uns o acusam de ser antinominiano, outros, de legalista. E também há outros que conseguem ver qual era o alvo, o objetivo, dele ao escrever suas epístolas no que concerne à posição do homem frente à Torá (Lei), a graça e a justificação proporcionada pelo Eterno. Agora, neste post, o nosso assunto se limitará a sua relação com a Lei de Moisés, depois exporemos sobre a graça e a justificação do homem dentro do contexto paulino.
Não há como negar que se lermos as epístolas de Paulo, tomando-as como uma revelação somente para os gentios, pois ele é o apóstolo e mestre dos gentios. Entretanto, se ampliarmos um pouco a visão e o olharmos também como servo do Messias, mensageiro de suas palavras, com certeza a face de Paulo sofrerá mudanças substanciais. Suas Cartas, suas palavras adotarão um padrão mais messiânico acerca da relação á Torá (Lei) dada por HaShem a Moisés.
As insígnias de Paulo são estas:
1. "PAULO, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus." (Rm 1.1).
2. "PAULO (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus)." (I Co 1.1);
3. “PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia." (II Co 1.1);
4. "PAULO, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)," (Gl 1,1);
5. “PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:" (Ef 1.1);
6. "PAULO e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:" (Fp 1.1);
7. "PAULO, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." (I Ts 1.1);
8. "PAULO, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo:" (II Ts 1.1);
9. "PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do SENHOR Jesus Cristo, esperança nossa," (I Tm 1.1);
10. "PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus," (II Tm 1.1);
11. "PAULO, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade," (Tt 1.1);
12. "PAULO, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador," (Fm 1.1).
Um homem com tal apresentação comportar-se-ia em oposição ao seu Adon (Senhor)? Vejamos que Paulo foi chamado, como os demais emissários, pelo próprio Messias. Então, forçosamente seus escritos teriam que ser consoantes aos ensinos pronunciados por quem o chamou. Nada mais lógico que isso. Porque a fidelidade ao seu Adon estava não só requerida em sua vida exemplar como seu servo, mas também como ao que seria objeto de seu ensino, doutrina, aos que se achegassem ao Eterno por meio de Yeshua. Ora, se ele destoasse do que o seu Adon, Messias e mestre havia lhe ensinado, jamais seria um servo ou um discípulo Dele, no máximo estaria entre tantos que não o reconhecem como o Prometido pelas Escrituras e Filho do Elohim de Israel. Desse modo, queremos afirmar que Paulo em momento algum escreveria contra a Lei de Moisés visto que o seu Senhor, Yeshua, jamais fez isso. A posição de Yeshua quanto a Torá não é de aniquilá-la, mas de cumprí-la (Mt 5.15). Portanto, Paulo de modo algum teria uma posição contrária a de seu Adon e Rabi. Se Paulo não agiu desse modo, então, por que muitos dizem o contário? Seriam estes levados pelo erro advindo da inobservância dos contexto histórico, cultural e religioso, nos quais havia a essência do engano e da verdade, que não conheceram? Parece que é por esse caminho que tais defraudadores do amado apóstolo vagam.
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