I
Li recentemente a peça Prometeu Acorrentado, na qual este deus grego, após auxiliar Júpiter a conquistar o Olimpo através de um golpe de estado contra seu pai, cai em desgraça porque não só se apiedava dos humanos, mas principalmente por ter dado a estes o fogo, que até então era um atributo divino. Boa peça e excelente fonte de conhecimento da mitologia grega, onde pode-se ver como os gregos antigos explicavam os fenômenos que os cercavam, via a religião, o sagrado. Mas, isso é somente mitologia e deuses antigos, cujo nomes alguns nem devem falar (entre, estes me incluo), segundo o mandamento do seu D'us. Porém, não escrevo aqui sobre atos divinos, senão de humanos. E, bem humanos! Pois somente estes fazem coisas humanas, isto é, todo mal contra o seu próximo. Creio que deveríamos se mais divinos em nossas atitudes e menos humanos a cada ação. Talvez, assim as pequenas e grandes barbáries não acontecessem diariamente.
II
Nesta semana que segue, mais um ônibus foi incendiado no Rio e como sempre pessoas saíram feridas física e psicologicamente. Sentimos ao tomar ciência de notícias como essa, que envolvem violência uma sensação de déjà vu. Como se elas fizessem sempre parte o nosso cotidiano, sempre a vemos, sempre se repetindo. Parecendo coisa normal! O que não é. Nossa sociedade está doente. Não em fase terminal, porém, gravemente enferma. Temos que compreender isso e buscar a solução, mas qual seria esta? Uns dizem que a eduacação é a melhor solução, outros, o fim da injustiça social. Para alguns a pena de morte resolveria a questão, esquecendo-se que no Brasil ela, embora negada pela Constituição, existe de fato, provando isso as chacinas que acontecem em locais pobres do estado. Acaso, alguém já viu alguma chacina em bairros nobres e envolvendo gente rica? Não, porque historicamente aqui sempre se associou pobreza com vagabundagem e malfeitor e rico não oprime rico, pois o Estado está nas mãos desse tipo de gente. Ainda há aqueles (dentre os quais me incluo), que buscam a via religiosa como o fim da doença que atinge nossa sociedade. Você em qual categoria se encaixaria ou faria de outro modo?
III
O que vemos atualmete é uma coisificação do homem pelo homem. Para aqueles que lançaram combustivel no õnibus e nas pessoas, estas não eram pessoas, eram coisas que poderiam ser queimadas. Entretanto, eles próprios não se veem como gente, se enquadrando na mesma redução em que reduziram os seus semelhantes. Quem sabe um dia éles venham a ser as vtimas ao invés de serem os algozes de hoje? A coisificação do homem pelo homem é um dos sintomas de que a sociedade está gravemnte inferma. A personalização do homem talvez, seja a cura dessa doença, pois ao vermos o homem como pessoa poderemos dar um salto de qualidade em nosso relacionamento com o próximo. devemos ter sempre em mente usamos e descartamos as coisas, as pessoas amamos. Pois, é direito delas serem amadas, terem sonhos, desejos e foram feitas à imagem e semelhança de D'us.
IV
Procura ter atos divinos, atos de respeito e amor ao próximo, evitando assim a coisificação de seu semelhante é ver que também somos pessoas, gente e feita à imagem e semelhança de D'us como àquele que está ao nosso lado e partilha dos mesmos direitos que temos. Pensemos.
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